A Umbanda é uma religião que como qualquer outra, possui rituais e elementos que constroem sua liturgia e demonstram sua cultura religiosa. Para os que vão pela primeira vez, em um centro ou terreiro umbandista, esses ritos e fundamentos podem parecer estranhos, mas se verificarmos e entendermos um pouco seus significados percebemos fazerem parte do contexto religioso no qual os umbandistas estão inseridos.
Em tópicos de postagens anteriores dissemos que na Umbanda não existe um código doutrinário ou livro sagrado que regulamente as ações uniformemente, ou seja, não tem nenhum modelo fixo a ser seguido ou poder central que regulamente essas questões determinando quais rituais ou elementos devem ser usados nos trabalhos espirituais. Essas orientações na maioria das vezes são oriundas dos próprios Guias Espirituais que fazem o trabalho de Dirigentes Espirituais ou Doutrinadores dos métodos empregados em cada grupamento mediúnico, portanto, cada centro, terreiro ou tenda de Umbanda pratica e utiliza os elementos conforme sua cultura, fazendo com que a Umbanda seja democrática e universalista.
As comparações que muitas vezes fazemos, entre os métodos utilizados entre os terreiros de Umbanda quando não são depreciativas servem-nos apenas como matéria de estudo da diversidade ritualística, pensamos que as diferenças e particularidades têm que ser respeitadas, quando não gostamos de algo, temos á total livre escolha de não compartilharmos, mas não temos o direito de julgarmos, compararmos ou difamarmos este ou aquele terreiro.