Existem dois hiatos na história de Maria Padilha que pra mim é exatamente oq a torna mais poderosa.
María Padilha nasce na Espanha no século 14, onde se desenrola toda sua história com o Rei de Castela até sua morte.
Entre os séculos 17 e 18, Maria Padilha ressurge em documentos da inquisição onde pessoas denunciadas eram suas devotas e a invocavam em conjuros... No século 18, é invocada em conjuros no Nordeste do Brasil Colônia...
No século 19 ela ressurge de novo nos terreiros de Makumba no sudeste do Brasil, agora como Pombagira e sua quadrilha...
A história de Maria Padilha é envolta em feitiçaria européia e árabe, demônios e santos cristãos, ela chega pra nós com os europeus, naturalmente seu culto se mescla às práticas afro-indígenas, principalmente as de origem Bantu com invocação aos mortos, e é aqui que possivelmente acontece a primeira manifestação/incorporação de María Padilha...
Talvez a própria Maria Padilha de Castela que forma uma quadrilha ( como nos conjuros ) de mulheres afins, ou seja, com histórias, crenças, comportamentos parecidos, ou seja, hj as Pombagiras que se identificam com o nome símbólico de Maria Padilha não são a de Castela, mas trazem todo o seu símbolismo ...
Maria Padilha é uma ancestral poderosa que deve ter sua origem e história respeitadas, aqui poderia inclusive entrar em questões de vestimentas, mas entraria num terreno que não gosto de entrar: modo de fazer...
O nome e a força de Maria Padilha ressoam ao longo da história, mesmo com alguns silêncios entre os séculos 14, 17 e 19, são quase 700 anos de história...
Salve Dona María Padilla de Castela!
Salve Dona María Padilha, Pombagira de Umbanda!
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