Carl Gustav Jung nasceu na Suíça a 26 de julho de 1875. Sua concepção sobre o inconsciente pessoal é semelhante ao inconsciente da
teoria psicanalítica.
O inconsciente pessoal é composto de memórias esquecidas, experiências reprimidas e percepções subliminares. Porém, Jung formulou o conceito de "inconsciente coletivo", também conhecido como impessoal ou transpessoal. Seus conteúdos são universais e não-estabelecidos em nossa experiência pessoal.
Este conceito constitui, talvez, a maior divergência em relação a Freud, e ao mesmo tempo, sua maior contribuição à Psicologia.
O inconsciente pessoal é composto de memórias esquecidas, experiências reprimidas e percepções subliminares. Porém, Jung formulou o conceito de "inconsciente coletivo", também conhecido como impessoal ou transpessoal. Seus conteúdos são universais e não-estabelecidos em nossa experiência pessoal.
Este conceito constitui, talvez, a maior divergência em relação a Freud, e ao mesmo tempo, sua maior contribuição à Psicologia.
Jung escreve que nós nascemos com uma herança psicológica,
que se soma à herança biológica. Ambas são determinantes essenciais do
comportamento e da experiência.
Nossa mente inconsciente, assim como nosso corpo, é um depositário de relíquias do passado.
"Exatamente como o corpo humano representa um verdadeiro museu de órgãos, cada qual com sua longa evolução histórica, da mesma forma deveríamos esperar encontrar também, na mente, uma organização análoga. Nossa mente jamais poderia ser um produto sem história, em situação oposta ao corpo, no qual a história existe" (Jung, 1964, p. 67).
Nossa mente inconsciente, assim como nosso corpo, é um depositário de relíquias do passado.
"O inconsciente coletivo é constituído, numa proporção mínima, por conteúdos formados de maneira pessoal; não são aquisições individuais, são essencialmente os mesmos em qualquer lugar e não variam de homem para homem. Este inconsciente é como o ar, que é o mesmo em todo lugar, é respirado por todo o mundo e não pertence a ninguém. Seus conteúdos (chamados arquétipos) são condições ou modelos prévios da formação psíquica em geral." (Jung, 1973, p.408)
Dentro do inconsciente coletivo há "estruturas"
psíquicas ou arquétipos. Tais arquétipos são formas sem conteúdo próprio que
servem para organizar ou canalizar o material psicológico. Eles se parecem um
pouco com leitos de rio secos, cuja forma determina as características do rio
desde que a água começa a fluir por eles. Jung também chama os arquétipos de
imagens primordiais, porque eles correspondem freqüentemente a temas
mitológicos que reaparecem em contos e lendas populares de épocas e culturas
diferentes.
Os mesmos temas podem ser encontrados em sonhos e fantasias
de muitos indivíduos. De acordo com Jung, os arquétipos, como elementos
estruturais formadores que se firmam no inconsciente, dão origem tanto às
fantasias individuais quanto às mitologias de um povo.
A história de Édipo é uma boa ilustração de um arquétipo. É
um motivo tanto mitológico quanto psicológico, uma situação arquetípica que
lida com o relacionamento do filho com seus pais. Há, obviamente, muitas outras
situações ligadas ao tema, tal como o relacionamento da filha com seus pais, o
relacionamento dos pais com os filhos, relacionamentos entre homem e mulher,
irmãos, irmãs e assim por diante.
Uma extensa variedade de símbolos pode ser associada a um
dado arquétipo. Por exemplo, o arquétipo materno compreende não somente a mãe
real de cada indivíduo, mas também todas as figuras de mãe, figuras nutridoras.
Isto inclui mulheres em geral, imagens míticas de mulheres (tais como Vênus,
Virgem Maria e Mãe Natureza) e símbolos de apoio e nutrição, tais como a Igreja
e o Paraíso. O arquétipo materno inclui não somente aspectos positivos, mas
também negativos, como a mãe ameaçadora, dominadora ou sufocadora. Na idade
média, por exemplo, este aspecto do arquétipo estava cristalizado na imagem da
bruxa.
Ele escreveu que:
"Os conteúdos de um arquétipo podem ser integrados na consciência, mas eles próprios não tem esta capacidade. Portanto, os arquétipos não podem ser destruídos através da integração ou da recusa em admitir a entrada de seus conteúdos na consciência. Eles permanecem uma fonte à canalização das energias psíquicas durante a vida inteira e precisam ser continuamente trabalhados" (Jung, 1951, p.20).
Cada uma das principais estruturas da personalidade são
arquétipos, incluindo o ego, a persona, a sombra, a anima (nos homens), o
animus (nas mulheres) e o self.
LEIA TAMBÉM:
Referência: Teorias da Personalidade, 1939. James Fadiman,
Robert Frager.
Por: Isabela F. Meira (www.psicosmica.com)