18 de out. de 2015

A História de Santa Bárbara

Santa Bárbara nasceu em Nicomédia, na Ásia Menor. Bárbara pertencia a uma família de certa posição social. Às ocultas dos pais, fanáticos pagãos, conseguiu instruir-se na religião cristã. Devia ter tido especiais dotes de beleza e inteligência, porque seu pai, Dióscoro, depositava nela as mais radiosas esperanças em vista de um casamento honroso. Mas Bárbara apresentava indiferença às solicitações do pai, até que este descobriu sua condição de cristã. Ficou, então, furioso e seu amor paterno se transformou em ódio desumano. Ameaçou-a com torturas e, finalmente, denunciou-a ao prefeito da província, Martiniano.


O coração da Jovem Bárbara sentia-se dilacerado entre amores opostos: o dos pais de uma parte e o de Cristo, amor supremo. Bárbara suportou o processo com firmeza e altivez, protestando sua fidelidade a Cristo, a quem tinha consagrado sua virgindade.

Era o tempo do imperador Maximiano, nos primeiros anos do século IV. O juiz, vendo a obstinação da jovem cristã em professar a fé, mandou aplicar-lhe cruéis torturas, mas suas feridas sempre apareciam curadas. Pronunciou, então, sua sentença de morte.


O próprio pai, Dióscoro, furioso em seu cego paganismo, decepcionado em seus interesses, prontificou-se para executar a sentença: atirou-se contra a filha, que se colocou de joelhos em atitude de oração, e lhe decepou a cabeça. Logo após ter matado sua própria filha, desencadeou-se uma terrível tempestade e o pai, atingido por um raio, caiu morto.

Depois deste fato, Santa Bárbara ganhou o status de "protetora contra relâmpagos e tempestades", além de ser nomeada Padroeira dos artilheiros, dos mineradores e das pessoas que trabalham com fogo.

O culto de veneração desta santa do Oriente passou para o Ocidente, sobretudo, Roma, onde desde o século VII se multiplicaram as igrejas e oratórios dedicados a seu nome. Na iconografia cristã Santa Bárbara é geralmente apresentada como uma virgem, alta, majestosa, com uma palma significando o martírio, um cálice como símbolo de sua proteção em favor dos moribundos e ao lado uma espada, instrumento de sua morte.

A festa de Santa Bárbara é celebrada na Igreja Católica e na Igreja Ortodoxa. A festa é celebrada no dia 4 de Dezembro de cada ano.


Sincretismo de Santa Bárbara e Iansã


Na Umbanda Santa Bárbara é sincretizada a nossa grande Orixá Iansã. 

Iansã também chamada Oyá, é o Orixá feminino dos ventos e raios. Além disto, é Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim - um dos seus símbolos. Guerreira, a mais agitada das Orixás femininas, foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô. 

É irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é também dona do Ilê. Suas cores são vermelho e branco, marrom terracota ou ainda, rosa.


Eparrey Iansã. Salve Santa Bábara! 

Um comentário:

  1. Adoro essas histórias e os sincretismos com nossos Orixás. Parabéns pelo Site, é ótimo!!!

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