27 de jul. de 2018

O Islamismo


O Islamismo é uma religião monoteísta, revelada pelo último profeta - Maomé (Muhammad)-, nascido em Meca, cidade da Arábia Saudita, em 570 d.C. A expressão ‘islã’ representa ‘submissão’ e traduz a obediência às regras e aos desejos de Alá. Os que seguem esta doutrina são conhecidos como muçulmanos – os que se submetem a Deus. De acordo com os ritos islâmicos, Maomé obteve das mãos do próprio anjo Gabriel, enviado divino, os preceitos básicos que constituem o Islã – orientações de ordem religiosa, dogmática e moral, organizadas em um livro considerado sagrado pelos muçulmanos, o Corão, que também retrata várias passagens do Antigo Testamento.


Segundo as narrativas islâmicas, há um único Deus, Alá, e Maomé foi seu último profeta, enviado para disseminar entre os homens os ensinamentos sagrados, quando este tinha quarenta anos. Com o auxílio da fortuna de sua esposa, Khadija, ele realizou seu apostolado, não sem enfrentar uma forte adversidade. Foi perseguido em sua cidade natal e obrigado a se exilar em Medina, em 20 de junho de 622, episódio que historicamente ficou conhecido como Hégira – emigração, ponto zero do calendário muçulmano até nossos dias. 

O Islamismo condensa influências de várias religiões, além do princípio essencial da revelação divina, congregando elementos legados pelo Judaísmo, como a circuncisão, e possivelmente também o seu teor monoteísta; pela doutrina judaico-cristã, a idéia do Juízo Final; os djinn, gênios do bem ou do mal, herdados de crenças ancestrais. Os preceitos ditados pelo Alcorão são considerados como verdades absolutas, incapazes de conter qualquer falha. Este livro é organizado em 114 suras ou capítulos, dispostos por tamanho, o maior contendo 286 versos. Há uma outra fonte de orientação para os muçulmanos, princípios que partem dos ditos e feitos do Profeta, ou seja, dos ahadith, contidos na Suna. 

O Islã, significativo em seu teor religioso, é também uma doutrina moral e política. Como algumas religiões cristãs, ele também prega a crença no Juízo Final, com sua divisão entre os justos, que irão para o Paraíso, por toda a eternidade, e os maus, que arderão no fogo do inferno para sempre. Mas, ao mesmo tempo, o homem parece não ter escolha entre o bem e o mau, pois as pessoas parecem ter seu destino já traçado por Alá – uma de suas máximas afirma ‘estava escrito’. 

Entre as obrigações dos fiéis do Islamismo estão as orações obrigatórias, cinco vezes ao dia, voltado para Meca; não exercer o culto de imagens, o que para eles representa um ato de idolatria, e visitar Meca pelo menos uma vez na vida. Aliás, esta é uma das cidades sagradas para os muçulmanos, que assim consideram também Medina, onde o Profeta edificou sua primeira mesquita, e Jerusalém, que os islamitas acreditam ser o local de onde Maomé ascendeu aos céus, na direção do Paraíso, para lá permanecer junto a Jesus e a Moisés. 

Não há um clero islâmico, com uma hierarquia fixa e estabelecida. Quem coordena as orações em público é o imã, enquanto os teólogos cultos são conhecidos como Ulemás. Os muçulmanos realizam suas cerimônias religiosas dentro de templos chamados de mesquitas. Há algumas nações islâmicas em que o Governo permite a poligamia, prescrita pelo Corão, e nestes lugares o marido pode se unir a quatro esposas. Os muçulmanos formam basicamente dois blocos maiores – Sunitas e Xiitas. Os primeiros subdividem-se em Hanafitas, Malequitas, Chafeitas e Hambanitas. Eles são herdeiros da tradição de Maomé, que teve continuidade nas mãos de seu tio All-Abbas. Já os Xiitas são discípulos de Ali, marido de Fátima, filha do Profeta; consideram-se os sucessores espirituais de Maomé. 

Esta religião tem crescido muito nos últimos tempos, é agora a segunda maior do Planeta. Seus seguidores já ultrapassam a casa dos 1.2 bilhões, com grande parte de seus discípulos localizada nos países árabes do Oriente Médio e do Norte da África. 

Alguns dos preceitos religiosos islâmicos estão traduzidos na Sharia, que guia os muçulmanos mais radicais no seu dia-a-dia, no comportamento, nas ações e na alimentação. Também impõe penas brutais para desvios ou atitudes consideradas incorretas perante o Alcorão. Por exemplo, o roubo é punido com o amputamento das mãos; questionar o Alcorão ou Maomé, ser homossexual ou mudar de religião são crimes punidos com a morte (apedrejamento, fuzilamento, etc.). A Sharia ainda autoriza o casamento de meninas a partir dos 9 anos de idade, determina a mutilação do clitóris, proíbe que as mulheres testemunhem contra homens em casos de estupro, incentiva a Taqiyya (a propagação de mentiras e contra-informação, desde que isso contribua para a causa do Islã) entre muitas outras ações. 




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