A origem deste sacramento é tão antiga quanto a humanidade. Cada povo de uma forma ou de outra, sempre teve seu ritual iniciático.
Todos conhecemos a passagem do batismo de Jesus por João Batista. Ali o batismo foi feito por imersão.
As Igrejas Evangélicas e Protestantes praticam até hoje esta forma de batismo. Já na Igreja Católica, a forma comumente usada é de aspersão, ou seja, a água é jogada sobre a cabeça da pessoa a ser batizada.
Como em tantas outras religiões, também a Umbanda possui este ritual.
Estando acima de todos nós o nosso Mestre Jesus, Oxalá, nosso ponto de energia Supremo, o batismo na Umbanda é realizado para consagrar os filhos adeptos, como forma de protegê-los contra o mal e contra a negatividade. Tanto é usada a forma de aspersão (normalmente quando é realizado dentro dos terreiros) como também de imersão (nos rituais de cachoeira).
Como na Igreja Católica, os filhos indicam padrinhos para orientá-los no caminho da espiritualidade, na Umbanda, tais padrinhos podem ser guias ou orixás, os quais serão devidamente representados por seus médiuns na hora da consagração.
Independentemente da religião é importante entendermos que o ritual fundamenta-se na limpeza áurica e na ativação dos chakras. A água tem o simbolismo da limpeza, da purificação, jogada na cabeça, na altura do chakra coronário, simboliza a limpeza deste chakra e sua ativação, promovendo uma unificação com as forças espirituais superiores (lembre-se que nas Igrejas Católica e Evangélica fala-se em batismo pelo Espírito Santo).
Na Umbanda, além de ativarmos a ligação do chakra coronário com a força de Oxalá (Jesus), promovendo então, não só a limpeza espiritual como o fortalecimento e o equilíbrio das energias cósmicas com a energia terrena. Por isso que, em geral, o batismo é realizado com água doce (água da cachoeira).
Há ainda também cruzamento de pemba, onde os chakras ligados à espiritualidade são cruzados, simbolizando o fechamento destes às forças negativas, ativando-os tão somente para a entrada de energias positivas e benéficas como também representando o sangue de N. S. Jesus Cristo. O sal bento representando as duras e amargas lutas do filho que estará protegido e consagrado para lutar e vencer seus abstáculos.
Como em todos os rituais de Umbanda, a cerimônia é permeada por pontos de louvação específicos para o ritual.
No mais, cada chefe de terreiro dará suas instruções para o ritual, pois que este depende ainda da linha e da falange que comanda a casa umbandista e sua forma de trabalho.
O Batismo é um rito de passagem. Este rito de iniciação está presentes em vários grupos, religiosos.
É o principal sacramento na Umbanda e em muitas outras religiões. Sacralizar é atribuir caráter sagrado a algo ou a alguém. Atualmente, pouca importância se dá às cerimônias, mas existe um fundamento divino, uma correspondência astral amparadora, por trás de cada sacramento. Cada cerimônia, se praticada com o devido respeito, é extremamente benéfica. Os Sacramentos na Umbanda são cerimônias eficazes, realizadas durante um culto religioso, para a proteção divina dos fiéis. São sinais sensíveis, instituídos para nos dar a graça santificante de Deus, nosso Divino Pai Olorum.
O batismo é uma cerimônia indispensável, para que a pessoa tenha uma vida religiosa plena. Com o batismo, o (a) dirigente faz a apresentação do fiel à Divindade, para que o espírito sintonize melhor a proteção do orixá e suas vibrações. Em todas as cerimônias no Templo, devemos permanecer sérios, compenetrados, sem brincadeiras, solenes e reverentes, tendo consciência de que Babalorixás e Ialorixás consagrados têm o poder, perante os orixás, para realizar esses atos, ou o guia chefe da casa.
Cada Sacramento é um ato de fé, é revestir a cerimônia com a vibração do (a) dirigente, com a sua convicção e religiosidade, marcando esses momentos únicos na vida das pessoas, no seio de sua comunidade religiosa.