13 de jul. de 2017

O Homem e a ingestão de Carne Animal - Por: Ramatís

É razoável e compreensível que as espécies animais e os homens primários ainda se alimentem de vísceras sangrentas, pois isso é um fato decorrente do seu estado evolutivo e não pecaminoso. Enquanto o instinto animal agressivo domina o homem, é óbvio que o princípio espiritual superior ainda não possa impor a sua linhagem sublime. Aliás, o próprio conceito evangélico de que "a carne alimenta a carne e o espírito alimenta o espírito" confirma a distinção lógica de que o "alimento carnívoro" é afim ao homem mais carnal ou animalizado, enquanto o alimento vegetariano deve condizer com o homem predominantemente espiritual. 

Assim como os costumes do homem também melhoram conforme a sua posição social ou grau de hierarquia profissional, à medida que a alma progride, ela também deve ajustar as necessidades do seu vestuário de carne ao progresso espiritual já alcançado. 

O homem primário pode fartar-se tranquilamente na devora de vísceras retalhadas dos seus irmãos menores, porque ainda vive escravizado, às sensações da vida material e a Divindade não pode julgá-lo um pecador. Mas é aberrativo e censurável que homens já vinculados a labores espiritualistas, como espíritas, umbandistas, esoteristas, rosacrucianos, teosofistas ou iogas, ainda se fartem e se deliciem com a alimentação inferior, repugnante e impiedosa, que provém da carne estraçalhada dos animais!

Há profunda diferença com respeito à alimentação dos seres no mundo, pois é a natureza evolutiva de cada espécie que lhe determina o tipo de suas necessidades nutritivas. A lagarta alimenta-se dos detritos do solo, mas depois que se transforma em borboleta nutre-se na cálice licoroso das flores. Tanto o urubu como o beija-flor são aves; no entanto, o primeiro satisfaz-se com a carniça, enquanto o segundo requer o néctar das flores! 

A mesma carne que certos homens alegam ser de absoluta necessidade para a sua conformação física pode ser alimento repugnante e indigesto para outra criatura de natureza mais delicada. Aliás, conforme se verifica no Oriente, à medida que o homem se aperfeiçoa, o seu psiquismo abandona, pouco a pouco, a nutrição grosseira, para então preferir alimentação adequada à melhor graduação espiritual!


Ramatís - A Vida Humana e o Espírito Imortal
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