12 de dez. de 2015

O chão que eu piso

O chão que eu piso, é prado de esperança, fonte de inesgotável e de transcendente equilíbrio entre o ser e o ter, e dá a certeza de que ter é aprender a ser, simples, leal, confiante e cristão. É isso que o chão que eu piso ensina.

O chão que eu piso é arado onde a charrua da fé nos convida ao trabalho, no qual fará florescer as virtudes que emanam desse Ser Divino que vibra de forma amorosa e incessante, as energias de Fé, Religiosidade e Espiritualidade, que preenche e transforma o Espírito. O chão que eu piso é abençoado por Oxalá... Epa Babá.


O chão que eu piso, me acolhe como uma Mãe acolhe seus rebentos em um ato santificado, guardando-me e protegendo-me em seus braços, a banhar-me em ondas geradoras de vibrante criatividade nesse mar de amor. Odô Yá ! O Doce Abá Iemanjá.

O chão que eu piso, é ordenança, é Lei Divina, espada forjada de Amor e Sabedoria, chama celeste empunhada por Ogum. Ogum yé ! Patacori Ogum.

O chão que eu piso, da sentido a vida, ensina os olhos do Espírito ver beleza no simples, onde o amargo fica doce e nosso mundo intimo se encha de cores, renova-se os sonhos, e se vão as dores .
Pureza, alegria e esperança, virtudes que se manifesta na presença iluminada das crianças . Salve as crianças, Oni Ibejada.

O chão que eu piso, é fauna é flora, é um Ilá vibrante que ecoa na natureza do Espírito inspirando as artes e a ciência, é conhecimento e evolução espiritual, o chão que eu piso é mata, o chão que piso é macaia . Okê Arô, Okê Oxossi, Okê Odé, Okê Caboclo.

O chão que eu piso, também é cura é bênção purificadora da natureza, é manipulação terapeutica das ervas é magia de cura, Salve ossãe, Euê-o Ossãe.

O chão que eu piso, é justo e imutável, fortaleza construida sobre a rocha da razão, no movimento suave do Oxé toda verdade se mostra na clareza do trovão, Kaô Cabecilê Xangô.

O chão que eu piso, é sopro divino, afago na alma que eleva e quando preciso esgota, é atitude, recomeço, equilíbrio e vitória, a Mãe guerreira. Eparrei Oyá, Eparrei Iansã.

O chão que eu piso, é fluir das águas, riqueza espiritual, amor divino que se precipita do céu em cascata de luz , rega o solo propiciando o florescer da afetividade de forma harmoniosa, o chão que eu piso é Amor, Ora Yeyé-o Oxum.

O chão que eu piso, reúne todas as cores que nos da um mundo de possibilidades de renovação pela união fraternal, é junção de todas as forças que flui de cada ser divino, salve a renovação, Arrobobói Oxumarê.

O chão que eu piso, vibra nas energias do ir e vir é o renascer constante que permite a transformação do ser, é convite ao silêncio que ensina o Espírito ouvir e ver, silêncio que faz crescer, energia de cura chão de Obaluaê, Atotô.

O chão que eu piso, é calma, serenidade e sabedoria, filtro purificador. O despertar dos sentidos que direciona na busca por novos valores , é o mergulho nas águas profundas da maturidade, Saluba Nanã.

O chão que eu piso é amor, fraternidade, o chão que eu piso é família, é solo sagrado que irmãs e irmãos em Cristo reúnem-se para propagar a Boa Nova e fundi-la no exercício constante da caridade .
O chão que eu piso, é de Deus, é de Jesus Cristo e dos Orixás, de todas as Irmãs e Irmãos espirituais que se encontram unidos na seara do nosso Mestre Jesus.

O chão que piso, é Umbanda. Salve a Umbanda!


Por: Edmilson Dos S. Souza
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