Prezar alguma coisa significa atribuir-lhe importância; qualquer coisa que muito prezamos pode ser considerada um "valor". Refiro-me especificamente aos valores da vida, às coisas que para nós são mais importantes.
Há dois tipos desses valores: os fins e os meios. Se perguntarmos "Quais são as coisas a que damos valor?", podemos responder "Amor, família, dinheiro..." Desses, o amor é o valor final que estamos procurando; em outras palavras, o estado emocional que desejamos. Por outro lado, família e dinheiro são apenas valores que servem como meios. Em outras palavras, servem para acionar os estados emocionais que realmente desejamos.
Se a pergunta for "O que a família nos dá?", poderemos responder "Amor, segurança, felicidade". O que de fato prezamos então - os fins que estamos a procura - é amor, segurança e felicidade.
O mesmo acontece com o dinheiro. Poderia perguntar "O que o dinheiro realmente significa para a gente? O que nos proporciona?". Poderíamos então responder: "Liberdade, impacto, a capacidade de contribuir, um senso de segurança." Como se pode perceber, o dinheiro é apenas um meio para alcançar um conjunto de valores muito mais profundos, um conjunto de emoções que desejamos experimentar numa base sistemática, ao longo da vida.
O desafio é que a maioria das pessoas não compreende muito bem a diferença entre "valores" meios e valores fins, e com isso experimenta muitas dores. As pessoas tanto se empenham na busca dos valores meios que não alcançam seu verdadeiro desejo: os valores fins.
Os valores fins são aqueles que nos tornam realizados, fazem nossa vida rica e compensadora. Um dos maiores desafios, a meu ver, é o fato das pessoas fixarem objetivos sem saberem o que realmente prezam na vida, e assim acabam indagando, ao alcançarem seus objetivos? "Isso é tudo?"