Entenda como os Orixás Iorubás surgiram nas primeiras Macumbas brasileiras por um prisma histórico e sociológico.
Nesse vídeo utilizei como fontes de estudo um artigo da doutora pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) Lisa Earl Castillo e o professor de Antropologia Luís Licalau Parés - 'MARCELINA DA SILVA E SEU MUNDO: NOVOS DADOS PARA UMA HISTORIOGRAFIA DO CANDOMBLÉ KETU'. E também utilizei textos do professor Nei Braz Lopes.
Busquei mostrar como as divindades do panteão Iorubá (os Orixás) foram introduzidas dentro de cultos afro brasileiros, principalmente a Macumba (tendo ela influenciado na formatação posterior das Umbandas e das Quimbandas do seculo 20).
Destaco temas como a nagotização, não no sentido pejorativo, mas tentando fornecer um panorama que ajude a gente a ampliar o raio de visão sobre as condicionais sociais que propiciaram o acontecimento desse fenômeno.
Fecho com esse vídeo uma tríade, onde defendo a tese de que a Umbanda tem como troncos formatadores a união dessas 3 fontes culturais e religiosas: Bantu, Malê e Iorubá.
Do Bantu recebendo o culto aos Ancestrais (Nganga e Bakuro), dos Malês os conhecimentos herméticos muçulmanos (Magia Sufi), e dos Iorubas o panteão de divindades (Orixas) e mais alguns outros atributos litúrgicos e teúrgicos.
Falarei em próximos vídeos sobre outras influências, como cultos indígenas, catolicismo popular, magia ibérica. Mas penso que até o momento, reverberar as influências negras tem sido o meu maior desejo, muito pela intenção de resgatar questões esquecidas. Uma busca de contrapor a forma com que a branquitude enviesou e institucionalizou a história da Umbanda sem os devidos créditos as suas verdadeiras origens.